As florestas de montanha constituem o habitat mais ameaçado de Angola. Hoje encontram-se restritas a uns poucos bolsos nas terras altas de Angola. Estas florestas isoladas são o refúgio de várias espécies raras e de espécies endémicas, isto é, espécies que não existem em mais lado nenhum do mundo, tal como o Francolim de Swierstra . Os fragmentos de melhor qualidade destas florestas em Angola encontram-se no Monte Moco (ou Morro do Moco), a montanha mais alta do país, onde apenas 85 hectares de floresta permanecem. Isto faz com que o Monte Moco seja o lugar mais importante para a conservação deste habitat em Angola. No entanto, os poucos fragmentos que restam estão a diminuir a um ritmo acelerado devido à pressão da pequena aldeia de Kanjonde localizada no sopé da montanha.

Os nossos objectivos são: (i) trabalhar com a comunidade de Kanjonde de forma a minimizar o seu impacto nas florestas que restam, (ii) fazer pressão para que a área protegida proposta para o Monte Moco (Reserva Especial do Monte Moco) seja implementada, (iii) promover turismo sustentável na montanha de forma a que a comunidade de Kanjonde seja a principal beneficiária, e (iv) aumentar a cobertura florestal da montanha através da criação de um viveiro na comunidade para lançar um programa de reflorestação.

Este é um período crítico para salvar as últimas florestas de montanha de Angola. A proclamação da
‘Reserva Especial do Monte Moco’ seria um passo de gigante na boa direcção.