Conservação  

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O Monte Moco deve ser considerado como o local mais importante para a conservação de aves em Angola. Nele encontra-se mais de metade da população mundial do Francolim de Swierstra , uma espécie em perigo de extinção que apenas ocorre em Angola. Para além disso, cerca de metade das florestas de montanha de Angola encontram-se aqui e como tal todo um conjunto de espécies associadas a este habitat dependem do Monto Moco para a sua sobrevivência.

O número de pessoas que vivem junto ao Monto Moco é relativamente pequeno, com apenas uma aldeia suficientemente perto da montanha para que os seus habitantes façam uso dos recursos das florestas. Trata-se da aldeia de Kanjonde com cerca de 330 pessoas. A caça não é uma actividade importante, talvez porque a maior parte dos mamíferos parece ter desaparecido. A grande ameaça para as aves do Monte Moco é a utilização não sustentável de madeira, a destruição da floresta para a criação de campos agrícolas e as queimadas anuais que se alastram muitas vezes até às florestas. A aldeia de Kanjonde não tem rede eléctrica e todo o combustível para cozinhar e aquecer as casas vem da lenha colhida nas florestas vizinhas e nos bosques de miombo. O Soba (chefe) da aldeia confirmou que a aldeia estava na borda de uma floresta na altura do seu nascimento em 1922, enquanto hoje a floresta mais próxima e muito degradada encontra-se a mais de 500 metros de distância da aldeia. Apenas uma figueira isolada no meio da aldeia permanece como testemunha dos tempos passados. Entre duas visitas em 2005 e 2008, um dos fragmentos de floresta maiores do Monte Moco, perto da aldeia, tinha diminuído claramente de tamanho, e um fogo em 2008 destruiu pelo menos dois hectares de floresta que estava intacta em 2005. Todos os fragmentos de florestas visitados em 2008 apresentavam sinais de terem sido afectados pelo fogo – nas suas margens e/ou no sub-bosque. As partes baixas dos vales do Monte Moco e do vizinho Monte Soque estão quase inteiramente convertidas em campos agrícolas, com todas as árvores removidas. Os bosques de miombo, de grande qualidade nesta área, estão a desaparecer a uma velocidade alarmante para conversão em campos agrícolas, para a colheita de lenha e para o fabrico de carvão. As queimadas constituem também um problema importante. Realizadas anualmente pelos agricultores para limparem os campos, as queimadas alastram até ás florestas. Adicionalmente, os habitantes de Kanjonde também iniciam fogos dentro das florestas para limpar o sub-bosque e facilitar a colheita de lenha e madeira para construção. Estes fogos dentro e nas margens das florestas de montanha eliminam qualquer possibilidade de regeneração das mesmas.

Em resumo, as maiores ameaças que o Monte Moco e os seus habitats enfrentam são:

  1. Colheita de árvores de forma selectiva e não sustentável para obter madeira para construção
  2. Colheita não sustentável de madeira para lenha
  3. Queimadas descontroladas






  1. Continued clearance of forest and woodland to make way for farming


  2. Clearing of Miombo woodland for the production of charcoal