Francolim de Swierstra  

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Todos os registos do Francolim de Swierstra (Pternistis swierstrai) até 2007 encontram-se em Mills (2007a). Devido a uma etiquetagem pouco clara, havia alguma incerteza em relação à origem dos especímenes da colecção do Museu do Lubango. O último espécimen foi colhido a 31 de Agosto de 1971. Para além dos registos do Monte Moco e do vizinho Monte Soque, a espécie é conhecida de quatro especímenes de Tundavala, um do Hanha, um de Mombolo e dois de Cariango (detalhes em Mills 2007a). Em Janeiro de 2009, Michael Mills fez uma procura extensiva desta espécie em áreas com habitat adequado no planalto de Tundavala/Lubango (14.917ºS, 13.501ºE). Nenhuma ave foi encontrada apesar da familiaridade com as suas vocalizações e de se ter usado gravações da espécie para provocar uma resposta, de forma a aumentar a probabilidade de detecção da espécie (Boscolo et al. 2006).

Todos os registos das nossas três visitas ao Monte Moco (pelo menos 18 grupos diferentes) vêm de floresta, borda de floresta e matos densos nas ravinas, com apenas um par aventurando-se um pouco nas pradarias imediatamente adjacentes às florestas. As aves eram muito vocais de manhã em Julho e Agosto, mas foram apenas ouvidas uma vez em Novembro. Gravações da espécie (Mills 2007b e novas gravações de qualidade muito superior) provocaram respostas em Julho/Agosto, mas nem sempre. As buscas mais intensivas tiveram lugar em Julho/Agosto 2009, quando 16 pares foram encontrados em quatro dias. Nesta altura, o fim da época seca, as aves eram muitas vezes detectadas pelo ruído dos seus movimentos na folhagem seca. Em Novembro, o caudal dos rios e riachos nas florestas tornaram impossível detectar a espécie desta forma. Em Julho/Agosto, a altura do dia e as condições climatéricas influenciaram a capacidade de detecção da espécie. As aves tipicamente vocalizam do nascer-do-sol até às 10.00, altura a partir da qual as vocalizações cessam e as aves não reagem mais a gravações. As vocalizações recomeçam ao fim da tarde, perto do pôr-do-sol. O Francolim de Swierstra permanece silencioso ou não se ouve quando o vento é forte. Os fragmentos de floresta mais afastados não puderam ser visitados antes das 10.00 e manhãs de vento impediram as buscas nalguns fragmentos mais próximos. Por isso as estimativas de densidades são apenas de confiança para alguns dos fragmentos, visitados em condições óptimas.

A maior parte dos fragmentos de floresta inferiores a 1 hectare não tinham francolins, excepto para um fragmento de meio hectare que tinha um grupo. Num fragmento de 6.7 hectares, foram encontrados sete pares de Francolim de Swierstra (condições óptimas) e, num fragmento de 18.7 hectares, quatro grupos foram encontrados no quarto superior da floresta. Estes dados sugerem que o Francolim de Swierstra ocorre numa densidade máxima de cerca de um grupo/par por hectare em fragmentos de floresta superiores a 1 hectare. Com base nestes dados, estimamos uma população máxima para o Monte Moco de 80 casais de Francolim de Swierstra.